É quando arranco sutilmente
as frases mais brutas
Quando escrevo em linhas horizontais,
os fatos de horizontes infinitos
E deixo minha sensibilidade em erupção violenta
Quase vulcânica
Com a alma em espasmos e soluços desvairados
Dedilhando em fonte Courier, tamanho 12
E sentindo nas vísceras
O regurgitar de tudo que já vivi
De tudo que ouvi. E vi.
Meu amor, minha dor
Minha doçura tão sangüínea
Meu erotismo quase parasitário
E todas as paixões fermentadas
Para escrever “Era uma vez... o que ainda é...”
Sinto-me extenuar de tanta vida
Sinto-me como nunca viva
É quando falo de poesias
Quando escrevo sobre um sentir tão deliberado
Quase indecente
Plenamente subversivo
Suavemente totalitário
Que carrego todo o infinito em minhas entranhas
E isso é mais viver do que viver
Ver sem saber
É o ser e não ser
Sem a questão
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