...Levantava as cascas de ferida dos escorregadios sentidos que aqui vivem.
Não me refiro àqueles que se contam nos dedos e no corpo. Mas sim àqueles em estado de melodia ou embrião. Àqueles que se movimentam como poeira matinal na luz, acarinhando o cerne, as lembranças, o que não sabemos. Que carregam alguma responsabilidade disso que somos e cujos nomes fogem-nos à boca toda vez que tentamos agarrá-los. Aprisioná-los por meio da colonização denominadora das palavras.
Nadam como carpas nesses gigantes universos mirrados que aqui moram. Ocasionalmente vêm à superfície. E por algum tempo, deixam-se assim ficar...
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