Poemas não possuem cores
nem texturas
nem saliva
ou respiram ofegantes
Poemas gravitam
Fluem de dentro da incerteza
Formam-se com riscos
grafias de gravuras
como miniaturas ao ar
e se adequam à boca
à qualquer boca
formando um beijo perfeito
pintando-se com a cor da saudade
enlevando-se na textura do que foi
e o sabor do que deveria ter sido
Poemas são vivos
Dedilhadas água-vivas
que queimam
e com suspiro se assinam
enchendo-se com olhos
injetando-se de sentido
para assim nascer
enexertadas de nós mesmos
nem texturas
nem saliva
ou respiram ofegantes
Poemas gravitam
Fluem de dentro da incerteza
Formam-se com riscos
grafias de gravuras
como miniaturas ao ar
e se adequam à boca
à qualquer boca
formando um beijo perfeito
pintando-se com a cor da saudade
enlevando-se na textura do que foi
e o sabor do que deveria ter sido
Poemas são vivos
Dedilhadas água-vivas
que queimam
e com suspiro se assinam
enchendo-se com olhos
injetando-se de sentido
para assim nascer
enexertadas de nós mesmos
Um comentário:
quantas vezes, ao começarmos a escrever, não sabemos até onde vamos o que virá no caminho, quando vamos parar?
por isso, um verdadeiro poema é como a vida, tem mil possibilidades e serve para qualquer um se encaixar.
adorei mesmo!
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