terça-feira, 24 de novembro de 2009

Chá de jaz mim



Chá fumegante, erva em xícara


Com os fantasmas para brindar


Evaporando as mágoas doce-híbridas


Óbito da flor a amargar



Todos os relógios marcam o tempo


Devagar e rápido


Agulhas a medir o momento


Certo ou errado



Mas qual tempo é o nosso?


Que esse ditador ousa imprimir


Qual maremoto posso


Anunciar a sentir?


Em sentido horário


Do estalar sistemário



Chá fumegante em azul- porcelana


Com horário-número a espreitar


Meu parasita, escuridão tão tirana


Assopra, pra então me tomar



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