terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Entre nós



Amor,

bebemos tanto de nós mesmos

Que todo o resto meio que assim se tornou

Como ruídos azedos

Verdades a esmo

Em precipício da dor



Algo assim como história a narrar

Mundo capaz de a ti desdenhar

Com sentimento em cor



Tornou-se baque surdo de voz

Entrecortado por nós
Essas frases sem nós

Entre nós



Tornou-se desatino

com antes de tudo, mais tino

Sem destino

Amargarida em flor

Dois sem amor



Amor, sugamos tanto de nós mesmos


que
os
seios da
inocência
murchara
m


O que resta além de vivermos


com os sabores que azedaram


os abraços que quebra r a m


e ensejos

RAM

Ta

bro

que

sem nós mesmos


Amargavida em flOr



Um comentário:

Priscila disse...

gostei da reflexão sobre esses amores que nos deixam alheios a todas as outrass coisas, amores que nos fragmentam e mais parecem separar do que unir.
adorei a novidade das palavras fragmentadas, acompanhando a idéia, ficou dinâmico =)